sábado, novembro 17, 2007

Big Brother is Watching you


Cada vez mais esta frase tem sentido. Cada vez mais esta frase deixa de fazer parte de uma das maiores obras literárias do século XX para se imiscuir nas nossas vidas não como ficção mas como realidade. A Inglaterra continua a apostar forte e feio no lema da vigilância de todos para a protecção de todos, mas será sempre assim? Só para terem uma ideia a Grã Bretanha conta actualmente com 4,2 milhões de câmaras (o que dá uma para 14 pessoas) e estima-se que cada pessoa, em média, seja capturada 300 vezes ao dia pelo "Grande Irmão". O que acontecerá (se é que já não aconteceu) quando todo este sistema cair nas mãos erradas? E o que será da mentalidade dos Ingleses em relação a ameaças estranhas daqui a uns anos? Já estou a imaginar... mal vejam um muçulmano como uma mala estranha na rua denunciam-no imediatamente, e as autoridades (como também são pessoas), prendem-nos imediatamente e o tratamento que lhe darão a seguir só daqui a uns anos vamos conhecer, caso a Inglaterra e outros países não parem com este controlo das massas em prol da "Grande Nação" que se defende de um "Exterior Decadente e Arruinado", o nosso rumo será mesmo em direcção a uma Sociedade Orwelliana.

Até à pouco tempo poderia-se considerar o livro 1984 de George Orwell demasiado alarmista, mas, actualmente o que é alarmista é todo esta gritaria e todo este aparato em volta da segurança nacional de cada um. Que um país se tenha de defender tudo bem, agora que um país além de se defender espie literalmente todos os seus habitantes já não é assim tão bom, antes pelo contrário. Eu sei que ainda não chegámos à fase dos telecrãs mas parece que para lá caminhamos, e mesmo assim, já o facto de controlarem-nos os movimentos que temos na rua e de estarem sempre a escutarem quando dizemos palavras alarmantes ao telefone e não só já é bastante mau. Reparem só nestes cartazes afixados ao longo de Inglaterra:
torna-se evidente que este receio pela sociedade do "Grande Irmão" seja cada vez maior. Para uma melhor compreensão desta sociedade vejam o filme The Big Brother State.


Um bem haja e


Sorria, está a ser filmado! :)

terça-feira, novembro 13, 2007

Informar Desinformando


Telesio Malspinda diz:

A televisão gosta de dar a palavra ao homem da rua, ou suposto tal. O resultado é que é apresentado como verdadeiro aquilo que amíude não o é [...] As opiniões mais facciosas e parvas [...] adquirem a relevância de uma corrente de pensamento [...] Pouco a pouco, a TV cria a convicção de que qualquer um que tem algo a dizer, ou para lamentar, tem o direito de ser ouvido. Já! E com vistosos acenos de aprovação (dos entrevistadores) [..] O uso e o abuso das pessoas em directo leva a acreditar que qualquer decisão já pode ser tomada, num abrir e fechar de olhos, pela multidão. (In Homo Videns, Giovanni Sartori)


Com isto, não se conclui que é mau dar a voz a todos mas que é mau forçar todos a falar quando não o sabem, fazendo com que respostas facciosas, e muitas vezes estúpidas e desprovidas de qualquer nexo, cheguem ao ouvido das massas, que muitas vezes as assumem como verdadeira devido ao poder da imagem televisiva.

O jornalista tem sede de informação, e o espectador sede de aceder à informação trabalhada pelo jornalista. O problema acontece quando esse trabalho é mal feito, ou é feito em excesso ou pior quando é mal feito propositadamente... No caso das entrevistas de rua sabemos que, muitas vezes as inquiridos só respondem com vergonha de não responder ou com vontade de mostrarem saber o que não sabem (e é normal que as pessoas não saibam quanto do PIB nacional é gasto no ensino superior comparativamente à U.E, ou que não saibam de cor e salteado os efeitos do tratado de "Lisboa").

Assim, quando essa informação ganha tempo de antena as massas vêem com os olhos e ouvem com os ouvidos, assimilam como se fosse uma nova corrente de pensamento ou como verdade. E em vez de se informarem as pessoas desinforma-se as pessoas com futilidades e parvoíces.


Outro problema desta desinformação são as estatísticas e as sondagens, embora se use a matemática para se obterem os resultados a sua interpretação, é acima de tudo, uma abordagem mais no plano subjectivo (e não quero aqui entrar o plano de como as questões são formuladas, um questão pode ser feita de múltiplas maneiras alterando assim, a resposta do inquirido). E, normalmente essas conclusões inferidas são confundidas com a resposta do resto da população. Isto é, se em 200 000 pessoas 70% das pessoas inquiridas responderem sim ao tratado isto não significa que 10 milhões de pessoas assim o pensem. Levando esses restantes 9 milhões e 800 mil a pensarem que se esses 70% responderam que sim, mesmo tendo uma opinião contrária à sua, deve ser porque a sua opinião tem algo de errado ou mal pensado quando não tem nada a ver com isso.


O problema não vem só dos jornalistas ou dos directores de informação televisiva, o GRANDE problema é que já perdemos o controle da informação televisiva, ela não está nas nossas mãos mas sim nós nas mãos dela.
Foto:Too much information de Violator3

domingo, novembro 11, 2007

sábado, novembro 10, 2007

Go Skateboard!

Go Skateboarding Day Ovar e resto de Portugal

SkateCidade, um documentário sobre a luta de uns skaters de uma cidade pela reconstrução da sua rampa.


Década de 60, um punhado surfistas fartos de esperar por melhores, nasce o skate ou, na altura chamado, sidewalk surf feito com pranchas de surf e umas rodas. Os "California Boys" já tinha maneira de surfar nos passeios, já tinham inventado o skate!


Até aqui skate era só skate. Foi quando apareceu a geração punk do skate, em grande parte influenciada pelo mítico Duane Peters e mais tarde a do hip-hop que este deporto ganhou personalidade ganhou alma. Mas o que aqui interessa não é a história do skateboard mas sim o que se passou no passado dia 21 de Junho por todo o mundo ( ver vídeo em cima de São Francisco e link de Portugal), o Go Skateboarding Day!, um dia em que todos os skaters se juntam para "skatar". Mas não é como um simples dia do ciclista, este é um dia que assinala a alma e a devoção do skateboard. Não é só andar, é ter olhos abertos, é saber ver o que está mal, saber lutar contra isso e saber unir-se a outros de forma a obter mais força. O skate é mais isso que outra coisa, embora hoje em dia esteja ameaçadocontinuo a dizer que um skater só é skater quando não anda com os pés mas com alma. O skate é um modo de vida acima de tudo!

Os vídeos que mostro aqui não são nenhuma imagem completa de um skater mas sim uma parte pequeníssima. Porque é um desporto que vale a pena escrevo sobre ele!


Skate For Life!


Já agora visitem www.skillz_skate_society.queroumforum.com , um pequena grande comunidade de skaters na qual me incluo!



Foto: Male And Skateboard de Plein